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domingo, 12 de julho de 2009

Embu Das Artes - no SPTV do dia 11/07/2009

Bem-vindo a Embu das Artes, na Grande São Paulo, cidade que fica a 31 quilômetros da capital. São 40 minutos de viagem a partir do centro de São Paulo.
“Ela é aconchegante, ela é pequena, ela é cheia de artistas, ela é cheia de alegria”, diz Zilda Di Cassio, advogada.
Quem vai de carro pode pegar a Avenida Francisco Morato, no bairro da Vila Sônia, seguir até a rodovia Régis Bitencourt e ir direto para Embu. Não há pedágios.
Para quem quer ir de ônibus, existem várias linhas intermunicipais. Uma delas é a Embu-Engenho Velho, que passa pertinho do metrô Clínicas. A passagem custa R$2,80.
A cidade tem suas origens em uma aldeia criada pelos padres da Companhia de Jesus, na primeira metade do século XVI.
O nome Embu tem uma história curiosa: diz a lenda que um índio salvou da morte o padre Belchior Pontes, figura importante na aldeia.
Pouco depois o índio morreu picado por uma M´boy, que significa cobra em tupi-guarani. O nome da serpente passou então a ser dito de várias formas: "M´boy", "Boy", "Em-bo-í" até chegar a Embu. O engraçado é que o herói foi o índio, mas a homenageada foi a cobra.
Já que falamos sobre as origens de Embu, que tal começarmos o passeio com um pouco de história. A dica é o museu de Arte Sacra dos Jesuítas.
A entrada custa R$2,00, estudante paga meia e aposentados e menores de sete anos, não pagam nada. O passeio aqui começa pelo que sobrou da igreja do Rosário.
“No ano de 1624 todas essas terras que a gente conhece como Embu, pertenciam a um casal: que é Fernão Dias Paes e Catarina Camacho. Eles tinham um filho jesuíta. Então, eles deixaram em testamento todas as terras do Embu para os padres do Pátio do Colégio, lá em São Paulo. Porém, com duas condições: a primeira construir aqui a capela, a igreja pra Nossa Senhora do Rosário, que é aqui. E a segunda é manter a festa pra Nossa Senhora do Rosário, a festa de Santa Cruz. Então, até hoje essa festa é mantida”, diz Thiago Rubin Rodrigues, monitor do museu de Arte Sacra dos Jesuítas.
A arquitetura da igreja preserva as características do estilo barroco paulista.
“O barroco quer passar uma emoção, ele quer passar uma realidade. Até por isso, o ouro é uma característica do barroco. O pessoal entra na igreja e tem um impacto com esse altar; então o barroco queria chamar a atenção”, diz Thiago.
No altar da igreja Nossa Senhora do Rosário, que faz parte do museu de Arte Sacra dos Jesuítas, a imagem de uma época em que os padres jamais davam as costas para o sacrário, uma caixa onde a hóstia e o vinho são colocados.
A missa era rezada em latim e os fiéis só viam o rosto do sacerdote quando ele deixava o altar e seguia para púlpito, para fazer o sermão.
Pinturas em estilo oriental decoram o teto da sacristia. Este tipo de arte, provavelmente foi trazida por jesuítas que viveram em Macau, na China.
O museu tem também imagens de anjos e santos feitas em armações em roca. São peças articuladas que foram usadas para catequizar os índios.
A obra-prima da mostra é o senhor morto esculpido em tamanho real em uma única tora de madeira. Depois do museu, a dica é bater perna pela feira de artes de Embu.
A feira de artes e artesanato de Embu foi criada em 1969. No começo existiam poucas barracas, que ficavam em frente à igreja matriz e eram os próprios expositores que fabricavam os artigos que vendiam.
Hoje, a feira ocupa quase todas as ruas do centro histórico e conta com o chamado "industrianato", ou seja, objetos que são comprados em lojas e depois revendidos aqui.
José Carlos faz cintos e outros artigos em couro artesanalmente desde o final dos anos 60.
“Já criei dois filhos aqui. Estou criando dois netos, dependendo; só com esse trabalho”, diz José Carlos Pardo, artesão.
A feirinha mistura o clima de galeria de arte com o de shopping center ao ar livre. Aqui, é possível encontrar quadros, roupas, objetos para a decoração.
“A gente acha ótimo. A gente vem sempre. Tem um monte de coisa legal, o único problema é que dá vontade de comprar muita coisa, e aí, já viu...”, diz Cristina Raquel Prado, bancária.
“A gente gosta de coisas pra casa, que decore ambientes, antiguidades e a comida que é uma delícia”, diz Rodrigo Medalla, bancário.
Cansou de andar? Que tal recuperar as energias comendo um docinho? A bandeja com queijadinhas saí por R$6,00.
“Esse docinho está muito bom”, diz Paulo Magalhães, empresário.
A queijadinha é só para abrir o apetite. A dica para quem procura mais sustância é um bom leitão a pururuca no restaurante da família Ricione que há 50 anos prepara esse prato.
“O acompanhamento dele é o típico mineiro, que é o tutu, feijão com farinha de milho”, diz Luiz Antônio Ricione, dono do restaurante.
Que tal fazer a digestão ouvindo poesia? O passeio continua pelo museu do Índio. Ingressos R$3,00. O artista plástico Waldemar Silva viveu durante sete anos no Xingu.
Conheceu diversas tribos e montou no Embu um museu para apresentar os artigos que foi ganhando cada vez que visitava uma nova tribo como este colar feito com dentes de 14 onças.
“Aqui eles vão encontrar os elementos produzidos por nossos índios, aqueles índios de cultura pura, como da época do descobrimento aos dias de hoje, como essa flauta sagrada do alto Xingu, chamada Jacuí pra evocar os bons espíritos do fundo das águas”, diz Waldemar de Andrade Silva, artista plástico e escritor.
“As peças, um acervo bem diversificado, elas têm um detalhe muito interessante de cada tipo de cultura indígena que a gente tem aqui no Brasil”, diz Federico Yuri Hanai, turista.
Para fechar o roteiro cultural de Embu, não deixe de visitar o Memorial Sakai, erguido em homenagem a um dos principais escultores da cidade: o japonês Tadakyo Sakai, que morreu em 1981.
“Ele se desligou da cultura oriental e se concentrou somente na nossa cultura. Ele se dedicou a realizar junto com um grupo de artistas aqui da cidade, os salões de artes plásticas e a festa de Santa Cruz”, diz Antônia Aparecida Gonzaga, escultora e coordenadora do Memorial.
São peças únicas, feitas de argila e modeladas à mão. A entrada do museu é gratuita. Tonha, como gosta de ser chamada, é escultora e coordenadora do Memorial Sakai e relaciona a arte feita no memorial com a arte barroca que vimos no começo da reportagem, no museu de Arte Sacra de Embu.
“A presença dessas esculturas barrocas nesse patrimônio, nesse prédio, incentivou muito nós sermos conhecidos como a terra dos escultores”, diz Tonha.

VEJA O VIDEO DA REPORTAGEM AQUI>

SPTV - 11/07/2009

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OLá..obrigada pela visita...seja sempre muito bem vinda!!! um grande beijo
kelly

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